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Doutora Honoris Causa da UFBA, Kátia Matoso é homenageada na AL

Homenagem nessa sexta-feira, 8, às 9h30

 

Doutora Honoris Causa pela UFBA, a historiadora Kátia Maria de Queirós Mattoso, falecida  em janeiro passado, vai ser homenageada  durante sessão especial na Assembleia Legislativa,  nessa sexta-feira, 8, às 9h30. Na oportunidade será instituído o prêmio Kátia Mattoso de História da Bahia, patrocinado pela ALBA e pela Fundação Pedro Calmon, para os melhores trabalhos relacionados à história da Bahia. A homenagem foi proposta pelo deputado Zé Raimundo (PT).

Kátia Mattoso faleceu no início do ano, em Paris (11 de janeiro), aos 78 anos. Foi sepultada na Grécia, seu país de origem. Cientista política, historiadora e  Doutora Honoris Causa pela Universidade Federal da Bahia, era titular da cadeira de História do Brasil da universidade de Paris-Sorbonne. Especializou-se em história econômica e social da Bahia (1750-1889), e história social da escravidão no Brasil (1549-1888).

“Sua contribuição para os estudos históricos, especialmente na história social da escravidão no Brasil foi inestimável”, registra o deputado Zé Raimundo, na justificativa do requerimento da sessão especial.

Doutora em Ciência Política pela Universidade de Lausanne e em Letras e Ciências Humanas pela Universidade de Paris-Sorbonne, Kátia Mattoso “teve fundamental importância na formação de diversos professores e pesquisadores, por mais de uma geração no Brasil”, destacou o parlamentar.

Grega de nascimento, a professora deixou a Grécia durante a Segunda Guerra Mundial e se mudou para a França, local onde conheceu o engenheiro de minas e geólogo Sylvio de Queirós Mattoso. Mudou-se para o Brasil, onde se motivou para estudar a história da complexa formação social da Bahia, trabalho que, segundo ela própria, foi duro e surpreendente devido às nuances do povo baiano. A paixão pela Bahia lhe rendeu passagens pelas universidades Católica de Salvador e Federal da Bahia, além de livros como, Bahia, Século 19: Uma Província no Império (1992), e levou à criação, em 1988, da cadeira de história brasileira na Sorbonne, da qual foi titular até a aposentadoria, em 1999.