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Pós graduação em artes cênicas da UFBA encerra 2018 com novas publicações

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O lançamento de um conjunto de publicações e a homenagem presencial a atriz e preparadora vocal Lia Mara, uma das artistas mais importantes da história do teatro na Bahia, marcaram a programação cultural de final de ano do Programa de Pós-Graduação em Artes Cênicas da Universidade Federal da Bahia (PPGAC-UFBA). O evento aconteceu no dia 19 de dezembro, no Teatro Martim Gonçalves (Escola de Teatro da UFBA).

Formada em direção teatral, professora de artes cênicas e estimuladora da desinibição da fala e do potencial vocal de seus educandos, Lia Mara é uma senhora da voz e uma das grandes representantes da tradição do teatro na Bahia. Nos anos 1970, consagrou-se como a protagonista do espetáculo A Casa de Bernarda Alba, dirigida por José Possi Neto, um dos marcos do teatro baiano com grande repercussão na Bahia e em São Paulo, dentre outros trabalhos.

Além da homenagem que irá receber da equipe de docentes do PPGAC, Lia Mara está na edição n° 30 da revista Repertório, um dos lançamentos da tarde dessa quarta-feira. Focada no Dossiê Poéticas Vocais, essa edição, organizada por Ana Flávia Hamad, Elaine Cardim e Meran Vargens, traz uma entrevista pingue-pongue com Lia na seção Persona, constituindo-se num documento de memória significativo.

Fundada há quase duas décadas, a Repertório, tendo como editores chefes George Mascarenhas e Ivani Santana, possui uma linha editorial que valoriza a práxis transdisciplinar das artes cênicas e dá ênfase ao pensamento contemporâneo. No âmbito internacional, fomenta e fortalece as relações ibero-americanas na produção do pensar e do fazer em arte. Já no âmbito nacional, privilegia a diversidade artística, cultural e acadêmica das regiões Norte/Nordeste. Na tarde de quarta-feira, o PPGAC irá lançar também a Repertório 31 com o Dossiê Somática e Dança (Maria Albertina Grebler e Diego Pizarro). A bailarina, coreógrafa e pesquisadora do movimento Angel Viana é o destaque da seção Persona.

A programação incluiu várias outras publicações. Com nova identidade visual, os Cadernos do GIPE CIT (Grupo Interdisciplinar de Pesquisa e Extensão em Contemporaneidade, Imaginário & Teatralidade) chegam aos leitores em duas novas edições: a de número 40, organizada por Licko Turle, Cilene Canda, Antônia Pereira e César Paro, traz como tema principal o Teatro do Oprimido; a de número 41 reflete sobre arte, gênero e diversidade, tendo como organizadoras Antônia Pereira e Laila Rosa.

Duas editoras que apoiam a produção acadêmica dos docentes da Escola de Teatro têm espaço garantido nessa programação. A EDUFBA, com os livros Travessias Dramatúrgicas – A Companhia de Teatro da UFBA, organizado pelos professores Raimundo Matos de Leão e Cássia Lopes; Paisagens Educativas do Ensino de Teatro na Bahia - Saberes, experiências e formação de professores, de Célida Salume e Cilene Canda; e Dança Cristal - Da arte do movimento à abordagem somático-performativa, de Ciane Fernandes; Cleise Mendes e Raimundo Matos - “Dramaturgias: construções, paralelos e desvios”. E a Editora Perspectiva, com as obras Saltimbancos Urbanos - O circo e a renovação teatral no Brasil (1980-2000), de Eliene Benício, e Escola Picolino - O circo social e a arte-educação, de Fábio Dall Galo.