Professoras, estudantes, funcionárias administrativas, pesquisadoras, militantes e representantes dos grupos de estudos em gênero e feminismo da Universidade Federal da Bahia estarão presentes na marcha do Dia Internacional da Mulher, que acontece no centro de Salvador, nesta quarta-feira, 08 de março. A reitoria da UFBA será ponto de encontro para quem for participar do evento, com a concentração marcada às 12 horas. A representação da universidade vai seguir até a Praça da Piedade, onde terá início a manifestação, às 13 horas, com a marcha em direção ao bairro do Comércio.
Em todo o mundo as mulheres irão às ruas nesta data simbólica para denunciar o machismo e a violência de gênero, com o foco principal das reivindicações nos direitos sociais, trabalhistas, sexuais e reprodutivos. As pautas específicas do movimento realizado em Salvador envolvem ainda a luta contra a reforma da previdência, o genocídio e encarceramento do povo negro, contra a cultura do estupro e a criminalização do aborto, o patriarcado, as ações misóginas, lesbofóbicas, transfóbicas, xenofóbicas e racistas. O movimento acontecerá em mais de 60 cidades Brasil, incluindo as principais capitais.
Os diversos grupos de estudo em gênero e feminismo que se articulam na UFBA organizarão atividades durante todo o dia nas unidades de ensino, mobilizando a comunidade acadêmica para a ocupação artístico e cultural no centro da cidade. Como sugestão, os manifestantes podem usar uma peça de roupa ou adereço da cor lilás com símbolo de participação no movimento. Há também a indicação para que as mulheres parem por um dia as tarefas domésticas, interrompam as atividades laborais remuneradas por toda uma jornada e reúnam-se com suas colegas de trabalho para conversar sobre a desigualdades que afetam a todas as mulheres.
O movimento reúne representantes do Núcleo de Estudos Interdisciplinares sobre a Mulher (NEIM / Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas), Programa de Estudos em Gênero e Saúde (MUSA / Instituto de Saúde Coletiva), Grupo de Estudos sobre Saúde da Mulher (GEM / Escola de Enfermagem), Núcleo de Estudos e Pesquisas de Gênero, Raça/Etnia e Geração (NEP GREG/ Instituto de Psicologia), Núcleo de Estudos e Pesquisas em Gênero, Raça e Saúde (Negras), Frente Feminista de UFBA, Diretoria da Mulheres do DCE, APUB e ASSUFBA.
Para marcar a data, uma Greve Internacional de Mulheres foi convocada por feministas históricas como Angela Davis e Nancy Fraser, que destacam a necessidade de defender a igualdade de gêneros e combater a onda crescente de conservadorismo que ameaça os direitos das mulheres. Com este movimento, que já conta com a adesão de mais de 50 países, as mulheres pretendem cruzar os braços em protesto pelo reconhecimento profissional e superação das desigualdades salariais, e para chamar atenção para dupla jornada que muitas delas acumulam com o trabalho em casa, sem o devido reconhecimento.
Homenagem na Reitoria
Também como parte da programação especial pelo Dia Internacional da Mulher, o reitor João Carlos Salles prestará uma homenagem às mulheres por suas significativas contribuições à universidade, reunindo pró-reitoras, diretoras de unidades de ensino, assessoras e demais profissionais que compõem a equipe da gestão em uma cerimônia que vai acontecer às 18 horas do dia 08/03, na antessala do gabinete do reitor.
Durante o evento, a Editora da Universidade (EDFUBA) vai realizar uma exposição de livros que abordam temáticas ligadas às questões de gênero, além dos títulos de autoria feminina publicados pela Editora no ano de 2016. Entre as obras que serão expostas estão “A casa das mulheres n’outro terreiro: famílias matriarcais em Salvador” (2014), de Maria Gabriela Hita; “Mulher negra, afetividade e solidão” (2013), de Ana Cláudia Lemos Pacheco; e “Fendas e frestas: a mulher, da contemplação à interlocução” (2006), de Maristela Ribeiro.