A Universidade Federal da Bahia dá início, neste mês de abril, à sua participação em um importante projeto nacional que tem como objetivo aumentar a compreensão de como vivem os estudantes e suas famílias. A V Pesquisa do Perfil Socioeconômico dos Estudantes das Universidades Federais, promovida pela Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), junto com o Fórum Nacional de Pró-Reitores de Assistência Estudantil (Fonaprace), fornecerá subsídios para políticas públicas de assistência estudantil.
O coordenador do Fonaprace, professor João de Deus Mendes ressalta que “a V pesquisa é resultado do aperfeiçoamento das anteriores e servirá de base para redefinição de políticas de assistência estudantis nas IFES e, sobretudo, como base de dados relevante para pesquisas, bem como instrumentalização na defesa da universidade pública, gratuita, de qualidade e que preconize a assistência estudantil como política de garantia da permanência e êxito desses discentes. ”
Na UFBA, a pesquisa irá de 02 de abril a 30 de junho e, ressalta a pró-reitora de ações afirmativas e assistência estudantil Cássia Maciel, o estudo “é fundamental para conhecermos melhor as demandas por Assistência Estudantil e planejar nossas ações de Permanência na UFBA”. “Contamos com sua participação. Fiquem atentos aos meios de comunicação da UFBA e aos totens de preenchimento da pesquisa disponíveis nos campi”, enfatizou ela, dirigindo-se aos estudantes.
Deverão participar todos os alunos de graduação da UFBA (Salvador e V Conquista). O acesso ao questionário se dá através do link www.perfil.ufu.br, e o participante deverá informar o CPF e número de matrícula. O tempo previsto para o preenchimento do questionário é de 05 a 08 minutos. A Proae, que está coordenando a participação da UFBA, colocará monitores nos campi, que poderão tirar dúvidas e orientar sobre o preenchimento do questionário. Computadores serão disponibilizados na sede da pró-reitoria, na Federação, e no posto do campus de Ondina, próximo ao PAF 5.
Esta quinta edição da Pesquisa do Perfil Socioeconômico dos Estudantes das Universidades Federais, diferentemente das anteriores onde apenas uma amostra respondia ao questionário, serão entrevistados todos os estudantes que ingressarem nas instituições federais de ensino superior do país. De acordo com a coordenadora nacional da pesquisa, professora Patrícia Vieira Trópia, a consulta contribui para a melhoria da universidade, assim como para a defesa do seu “caráter público, gratuito, de qualidade e inclusivo”.
Os dados são fundamentais por gerarem subsídios para políticas públicas e diagnóstico de como está constituído o corpo discente das universidades, com a finalidade de auxiliar nas demandas de assistência estudantil. Os indicadores gerados pela pesquisa também auxiliam no aumento da eficiência da gestão dos recursos públicos destinados às universidades federais.
Estudos anteriores, também realizados pela Andifes, mostram a evolução do perfil dos graduandos, considerando os processos seletivos massivos, como o ENEM, a criação de mais de 300 campi no interior do País e a Lei de Cotas, criada em 2013, e que garantiu o ingresso de 32% dos estudantes que compõem o corpo discente das 63 universidades federais brasileiras. O número de alunos negros quase triplicou de 2003 a 2014. Juntos, negros e pardos já representavam, há três anos, 47,5% do total de estudantes das universidades federais do Brasil.
Os outros levantamentos feitos pela associação mostram, ainda, que dois terços dos universitários têm origem em famílias com renda média de 1,5 salário mínimo. Os dados desmistificam a ideia de que os alunos de universidades públicas pertencem às camadas sociais com rendas altas.
Com informações da Andifes